Transcrição
Meus amigos, eu venho dizendo aqui nesse
canal que existem saudosistas da antiga
União Soviética que querem porque querem
ressuscitá-la.
E vejam só que notícia interessante
neste sábado, um dia em que eu
inocentemente achei que não teria
notícias para trazer aos amigos. Hoje
uma notícia nos pegou de surpresa, uma
espécie de moda que se pegar aqui no
Brasil poderemos dar um adeus definitivo
à internet tal como a conhecemos hoje.
Que moda é essa? Estou falando da
regulamentação das redes sociais? Não,
não é isso. Pode ser ainda pior. Vejam
só, o Bruell Signal trouxe hoje uma
notícia dizendo que no começo de
setembro, a partir do dia 1eo de
setembro, que está aí, os russos
praticamente dirão adeus à internet tal
como eles a conhecem hoje. Isso porque o
governo Putin descobriu uma forma de
criar um muro virtual. é aos moldes do
antigo do muro de Berlim ou da cortina
de ferro que separava o mundo em dois,
só que agora, de modo virtual, a ponto
de que ele possa controlar
definitivamente
tudo o que se publica nas redes sociais
na Rússia. O Bru Signal começa dizendo o
seguinte: "O governo russo anunciou que
o Max, um aplicativo de mensagem apoiado
pelo Estado e desenvolvido pela VK, uma
empresa de tecnologia controlada pelo
Kremlin, deve ser pré-instalado em todos
os celulares e tabletes vendidos na
Rússia a partir de 1eiro de setembro. A
decisão já tinha sido tomada em 21 de
agosto e foi acompanhada de restrições a
plataformas de mensagens estrangeiras
populares, como, por exemplo, o WhatsApp
e o Telegram. Marcou uma escalada
significativa nos esforços da Rússia
para controlar a comunicação digital e,
para muitos, restringir a liberdade de
expressão e reduzir a dependência de
tecnologia estrangeira. É esse um dos
argumentos, não, nós estamos aí
dependendo de Apple, de Microsoft, de
WhatsApp, vamos parar com isso, porque
afinal nós também fomos colocados contra
as cordas e não podemos mais ficar nessa
dependência. Esse é um dos argumentos.
Daí, porque muita gente está se
colocando otimista em relação à
dependência dos Estados Unidos. Não
precisamos mais dos Estados Unidos.
Entenderam? Porque temos aqui as mesmas
condições dentro do nosso bloco. Temos,
teremos todos os equipamentos que os
americanos nos vendem de forma
imperialista, entre outras cozitas. vão
prestando atenção.
Críticos alertaram que o Max, esse
aplicativo, projetado para espelhar o
ICET da China não era apenas uma
ferramenta de comunicação, mas um
instrumento sofisticado de vigilância
estatal, representando sérios riscos à
privacidade e a expressão democrática.
O Max, lançado em março de 2025 foi
comercializado como uma plataforma
nacional completa para mensagens,
perdão, chamadas de vídeo, pagamentos
móveis e acesso a serviços
governamentais por meio da plataforma
designada
Gossaude.
Não deve ser assim que pronuncia, mas se
escreve Gozusluge.
Bem, a pronúncia aqui a a mais
aproximada seria Gossaç.
Com 18 milhões de downloads até agosto
de 2025, sua adoção foi impulsionada
pela promoção agressiva patrocinada pelo
Estado, incluindo apoio de
influenciadores e vantagens, como
entradas sem filas em eventos.
Autoridades do governo e políticos
também foram obrigados a transferir seus
canais do Telegram
para o Max. A assessoria de imprensa da
Duma Estatal informou que agora
publicará comentários exclusivamente no
Max e não mais no Telegram.
A integração do aplicativo com sistemas
governamentais e sua pré-instalação
obrigatória, no entanto, alarmaram os
defensores dos direitos digitais.
Ao contrário do WhatsApp, do Telegram,
que oferecem criptografia de ponta a
ponta para proteger os dados do usuário,
o Max opera em servidores na Rússia,
sujeito a leis que permitem que as
autoridades acessem as comunicações do
usuá dos usuários mediante solicitação.
Embora a mídia estatal alegue que o Max
é mais seguro e menos inclusivo do que
aplicativos estrangeiros,
seus termos que permitem o
compartilhamento de dados com
autoridades
levantaram temores de vigilância em
massa e repressão direcionada.
Se você está entendendo, ou melhor,
comparando isso ao que compreendeu do
livro 1984
de George Warwell, parece que você está
certo. É mais ou menos por aí. A matéria
do Bruell Signal diz que já houve pelo
menos um caso relatado de fraude
envolvendo o aplicativo de mensagem Max
na Rússia. Isso foi informado
recentemente pelo The Guardian da
Inglaterra.
Além disso, postagens no X e em várias
fontes de notícias relataram um
incidente específico em que os um
morador de Cursk perdeu 450.000
rublos, aproximadamente 4.800 € para
golpistas que usaram Max, se passando
por representantes de instituições
estatais, incluindo o Serviço Federal de
Segurança para enganar a vítima e
fazê-la transferir dinheiro para uma
conta segura. Mas a questão que fica
aqui é a seguinte: será que não era
mesmo um agente estatal?
Relatórios sugerem que o Max coleta
dados extensos, incluindo registros de
chamadas, históricos de compra e até
mesmo mensagens de textos não enviadas.
É, você faz um rascunho, não importa, é
um rascunho, você não enviou para
ninguém, mas ele diz muito para o
estado, porque, é claro, eh, mostra como
você pensa ou o que você pensou em
dizer. E o estado então sabe até mesmo
os rascunhos, aqueles que você joga
fora.
Eh, o
relatórios, voltando aqui, relatórios
sugerem que o Max coleta dados extensos,
incluindo registros e chamadas
históricos de compras e até mesmo
mensagens e textos não enviadas, o que
lhe rendeu o apelido de Gulac Digital.
Isso por críticos, incluindo o
jornalista de oposição russo Andrei
Okun. Gula digital. A pressão do Kremlin
pelo Max, diz a matéria, coincidiu com
uma repressão mais ampla às liberdades
da internet.
Em julho de 2025, o presidente Vladimir
Putin assinou uma legislação que
criminaliza o acesso a conteúdo
extremista, uma categoria vaga que
inclui sites de oposição e material
LGBTQ
mais. E aí muita gente aplaude, muitos
conservadores, inclusive, não é isso
mesmo, tem que controlar porque há muita
promiscuidade por aí. Pois é, mas é
aquela história que o professor Olavo
dizia, eles criam o problema para depois
vender a solução. E a solução é essa,
controle absoluto sobre tudo o que se
fala e o que se pensa nas redes sociais
ou nos aplicativos de bate-papo e por aí
vai.
Simultaneamente, o órgão de fiscalização
das comunicações da Rússia, Rosa
Rosa
Nazador,
o meu fuso, infelizmente ainda não é
bom. No final do vídeo explicarei o
porquê do infelizmente.
Restringiu chamadas de voz e vídeos no
WhatsApp e no Telegram, citando a falha
em compartilhar dados de usuários com
autoridades em caso de fraude e
terrorismo.
Essas restrições que tornaram as
chamadas nessas plataformas pouco
confiáveis são vistas agora por
especialistas como tentativas
deliberadas de empurrar os usuários para
o Max. Arton Gorelkin.
É, eu preciso melhorar o meu russo
urgentemente.
Anton Gorelkin, vice-chefe do comitê de
TI da Duma estatal, chegou a sugerir que
o WhatsApp deveria se preparar para sair
completamente do mercado russo.
Essa mudança faria parte ou fazia parte
da ambição de longa data da Rússia de
criar uma internet soberana, um
ecossistema digital censurado e isolado
das plataformas globais. Desde a invasão
da Ucrânia de 2022, o Kremlin
intensificou os esforços para reprimir o
que considerou dissidência,
banindo plataformas como Facebook,
Instagram e X e mirando VPNs usadas para
contornar restrições.
Linha dura. Parece a China. É, parece,
mas é tudo igual. Na verdade, a
instalação obrigatória do Max,
juntamente com os requisitos para o
aplicativo R Store da Rússia em
dispositivos Apple e o aplicativo Lime
HDTV,
controlado pelo Estado em TVs
inteligentes a partir de janeiro de
2026,
ressalta essa mudança em direção ao
controle digital.
É isso. Quer dizer o seguinte, se você
quiser voltar para a velha TV, a velha
porém diferente, né? A Smart TV, porque
bem, eu só quero assistir as coisas,
pode ser que você é que estará sendo
assistido, independentemente
do que falar ou pensar. Nacionalistas
russos também criticaram a medida. Vejam
só, o Jornal britânico de Telegraph
relatou recentemente que o Ribar, um dos
maiores canais e blogs militares pró
Rússia no Telegram, declarou: "Não é
possível construir soberania digital
criando um mensageiro correto, correto,
entre aspas, para cada ocasião. Num
ecossistema normal, os usuários devem
ter uma escolha entre diferentes
produtos com diferentes focos.
o que pareceria óbvio numa, digamos, eh,
democracia, né?
Farida Rustamova, jornalista russa
independente, afirmou no início de
agosto que até mesmo o Serviço Federal
de Segurança da Rússia havia apresentado
uma extensa lista de reclamações sobre o
mensageiro aos desenvolvedores.
Ela afirmou que o Max ainda não pode ser
conectado a serviços governamentais
devido ao risco de vazamento de dados
pessoais de russos.
A pesquisadora da Human Right Watch,
Anastasia Croup, alertou que o Kremlin
pretendia monitorar e manipular a
atividade online, criando um espaço
estéril, onde a dissidência
seria ou deveria ser quase impossível.
É, o quase aqui parece até um tanto
quanto irônico.
As implicações para a liberdade de
expressão são profundas. O WhatsApp e o
Telegram, com quase 200 milhões de
usuários combinados na Rússia t sido
vitais para comunicação sem censura,
especialmente para ativistas da
oposição, incluindo o falecido Alex
Navalnei, cujas denúncias online
mobilizaram protestos em massa. O Max,
por outro lado, foi projetado para
atender as demandas do Estado,
armazenando dados do usuário e limitando
reações negativas às postagens, o que
sufoca o discurso crítico, um sonho de
muita gente, não é? Não, a integração do
aplicativo com serviços governamentais
torna isso inevitável,
forçando os cidadãos a um ambiente
monitorado onde a autocensura se torna
inevitável.
Críticos argumentaram que os recursos de
vigilância do Max avançavam não apenas a
privacidade, ameaçavam, perdão, não
apenas a privacidade, mas também o
direito fundamental à liberdade de
expressão, coisa que realmente tá
ficando meio que do passado, não é? Isso
não te pertence mais.
O grupo de direitos digitais
Rosconvoboda
sugeriu que o Max teria teria sucesso
onde os aplicativos estatais anteriores
falharam ao limitar os concorrentes. E
olha que os aplicativos ocidentais
realmente tentaram, não é, sufocar as
vozes de acidentes o tempo da pandemia
que o diga, não é não, mas falharam.
Só que o Max vem para corrigir essa
falha. A V, empresa por trás do Max foi
cofundada por Pavel Durv, que também
criou o Telegram. Durov foi forçado a
deixar o cargo de se em 2014, após
conflito com autoridades russas sobre
censura e solicitação de dados.
Mais tarde, o empreendedor de tecnologia
fugiu da Rússia, afirmando acreditar que
havia mais liberdade de expressão na
Europa, mas foi preso na França por
censura e solicitações de dados.
Aliás, há muito mais liberdade na Europa
e também no Reino Unido, né? Porque nós
lembramos aí de alguns casos, como por
exemplo, por exemplo, pessoas sendo
presas por rezarem em frente a certas
clínicas ou então fazerem algumas
publicações,
eh, digamos,
eh, explicitamente cristãs nas redes
sociais, né? Pois é. Uhum. Bem, mais
tarde, então, o empreendedor de
tecnologia fugiu da Rússia. Hoje a
liderança da V está mais alinhada ao
governo russo com o Sou Vladimir
Quirienko,
filho do primeiro vicechefe de gabinete
do presidente Putin, Sergei Quirienko,
no comando, ou melhor, no controle.
Pois é,
se a moda pegar, teremos então novamente
a o ressurgimento da antiga União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas com os
devidos muros. O muro quer dizer o
seguinte, aqui deste lado temos aqui o
nosso sistema de comunicação todo
controlado, como diz a matéria, o nosso
gulag digital. E ninguém, ninguém,
absolutamente ninguém, eh, ficará isento
de controle. Saberemos de tudo, de tudo
o que pensam por aí, a menos que o
sujeito não tenha nenhum eh eh
dispositivo, nem celular, nem tablet,
nem televisão, smart TV. Aí, bem, aí
esse ficará um tanto quanto fora do
controle, mas também esses equipamentos
ele não representará nenhuma ameaça,
pode-se pensar.
E do outro lado, do lado, quem sabe lá
dos Estados Unidos, a questão é saber se
os Estados Unidos farão alguma coisa
nesse sentido em relação a países que
pretendem
adotar esse sistema unindo-se a esse
novo bloco. Essa é a questão. Talvez por
isso seja também do interesse americano
resolver certos problemas aqui na
América do Sul antes de perder
totalmente esses anéis ou seriam esses
dedos? Bem, já não sei ao certo.
O fato é o seguinte, eu preciso aqui,
talvez eu precise eh me esforçar mais no
meu russo.
Por exemplo, Gossaude.
Será que é assim? que pronuncia,
porque quem sabe não é mesmo daqui para
a frente será necessário para a nossa
sobrevivência
sabermos um pouco aí de russo, de
mandarim, né? Pois é,
por enquanto é isso.
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