Transcrição
Meus amigos, uma dúvida cruel está
tomando conta das redes sociais na
Venezuela. Sim, acreditem, a Venezuela,
apesar dos pesares, sem redes sociais e
muitos funcionários de segundo,
terceiro, quarto, quinto, sexto escalões
estão externando essa preocupação nas
redes sociais. A China poderá ajudar
militarmente a Venezuela na medida em
que o conflito, a crise entre Estados
Unidos e Venezuela escale. Existe, como
eu disse no vídeo da manhã, a
perspectiva até mesmo de envio de tropas
para dentro do território venezuelano na
próxima semana. E a preocupação é
justificável. Os chineses, que são os
maiores parceiros comerciais da
Venezuela, ajudariam o país de Maduro
com apoio militar? Essa é a questão que
está tomando conta das redes sociais lá
na Venezuela, de mentes e corações. Bem,
é preciso lembrar o seguinte, outro
grande parceiro da Venezuela é a Rússia
de Vladimir Putin. Mas existem rumores
de que Maduro está irritadíssimo com
Putin, que ainda não fez nenhuma forte
manifestação em favor da Venezuela,
apesar de ser um forte parceiro também.
E a questão então agora recai sobre os
ombros de Xinpim. Afinal, Xijinpim, você
virá nos ajudar dos imperialistas do
norte? Parece que não. Não em termos.
Claro que a China continuará mantendo
boas relações com o governo de
Miraflores, até porque tem muita grana
para receber da Venezuela. é muitos
milhões e milhões de dólares.
Mas como a China é pragmática nas suas
relações internacionais, é possível que
o apoio resuma-se ou restrinja-se apenas
à área diplomática e também, claro,
econômica, mas não passe muito disso.
Por quê? Porque a China, como é
pragmática, tem acordos de longo prazo
ou prevê acordos de longo prazo com os
seus parceiros ou aqueles países que ela
busca seduzir em termos de empréstimos
para depois acabar tomando posse de
muitos ativos do próprio país. Isso
acontece regularmente na África e também
em boa medida por aqui na América do
Sul. Acontece que a China não apostará
todas as suas fichas em Nicolás Maduro.
Se ele cair e a China apostar tudo nele,
não terá muito o que fazer num próximo
governo alinhado com os Estados Unidos.
A China pensa de forma pragmática que
dinheiro não tem cor nem ideologia.
Dinheiro é dinheiro. Então, é bom também
ter uma porta aberta para um futuro
governo alinhado aos Estados Unidos para
continuar tendo negócios importantes na
Venezuela, principalmente na importação
de petróleo. A China, até os grandes
embargos acontecerem, importava cerca de
56%
de todo o petróleo venezuelano.
acabou tomando lugares da Chevron, que
depois do embargo retirou-se da
Venezuela. E isso é uma posição
estratégica da China. Se amanhã ou
depois as relações com os Estados
Unidos, Estados Unidos e Venezuela
melhorarem e a Chevron, as companhias
americanas voltarem para Venezuela, a
China já estará muito bem estabelecida e
não perderá o que conquistou durante
esse período de grandes embargos. Então,
é por isso que o pragmatismo chinês vê
aí uma quase que impossibilidade de
colocar-se numa guerra contra os Estados
Unidos para salvar a pele de Maduro. Não
é assim que os chineses ajos,
claro, que a situação escale para eh
algum nível eh quase que inimaginável
nesse momento de uma grande guerra dos
Estados Unidos com a Venezuela. o que
não acontecerá porque não aconteceu nem
mesmo em relação ao Irã. O ataque
americano ao Irã foi praticamente
pontual e visava apenas um objetivo,
quebrar a espinha dorsal do projeto
nuclear iraniano. Nesse caso, no caso da
Venezuela, os Estados Unidos também tivo
muito pontual, tirar Maduro, pronto, que
é acusado pelos Estados Unidos como o
chefão do cartel dos sóis, o chefão do
narcotráfico
da América do Sul. É possivelmente
apenas esse o objetivo no momento. Mas
claro, caindo maduro, cai toda a
estrutura bolivariana que toma conta
quase que do continente nesses últimos
anos. E é então aí que a China pode se
beneficiar em alguma medida, continuando
a operar na Venezuela depois que o
governo de Maduro se torne passado,
coisa do passado. É uma possibilidade.
No momento, a China apoia o o ditador
Nicolás Maduro. Ela reconhece Maduro
como presidente legalmente,
legitimamente eleito, mas talvez seja
apenas isso. Não vá muito além disso, na
medida em que perceber que a situação de
Maduro é realmente insustentável. Então,
mais uma razão para pânico e paranoia na
Venezuela. Eu disse de manhã que o clima
na Venezuela realmente no governo está
muito pesado. Há muita paranoia nesse
momento. E se colocarmos, acrescentarmos
aí a questão o silêncio ensurdecedor da
Rússia e mais essa posição pragmática da
China, que dará muitos tapinhas nas
costas de Maduro, reafirmando a sua
amizade com o ditador, mas apenas como
retórica, como um elemento pró forma da
diplomacia, sem ir além disso. É
possível sim que Maduro já esteja um
tanto quanto em pânico. O que a China
poderia fazer? Enviar armas pesadas para
Venezuela. Bem, essas armas teriam que
cruzar o mundo e não seria tão tranquilo
eh fazer com que elas chegassem na
Venezuela sem uma interferência
norte-americana.
Seria muito arriscado. E também a China,
é bom lembrar, tem o seu próprio
calcanhar de Aquiles, que é Taiwan. Os
Estados Unidos lá também tem uma força
gigantesca.
Seria bom para a China entrar em guerra
com os Estados Unidos em dois pontos
muito distantes, como Ásia e América do
Sul, muito difícil que isso aconteça.
Então, para todos os efeitos, Maduro
realmente não está nada tranquilo nesse
momento, nem os seus generais dos sóis.
Os generais eh venezuelanos estão
enviando tropas e também blindados para
próximo da para para o norte do país
para possivelmente defender ativos
venezuelanos
e proteger as suas praias de uma
possível invasão. Esse é o momento bem
quente do momento, mas é só o começo.
Tem falar, claro, na perspectiva de que
a semana que vem as coisas realmente
comecem a acontecer. Maduro tem um
prêmio de 50 milhões de dólares sobre
sua cabeça, não deve estar dormindo bem.
E também de Osdado Cabelho tem 25
milhões de dólares. Na medida em que
eles se sentirem mais inseguros daqui
para a frente, é claro que a paranoia só
aumentará.
Cenas eletrizantes para os próximos
capítulos. Vamos aguardar aí a posição
da China em relação à Venezuela, mas
como disse, as perspectivas para Maduro
não são boas.
Até depois, se Deus quiser.
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