Eu
vou falar só muito rapidamente aqui de
alguns relatórios de inteligência para
que a gente tenha eh ideia de como é a
presença aqui nos Estados Unidos eh das
células operacionais hoje do PCC e até
do Comando Vermelho. O Comando Vermelho,
ele era muito presente no Rio de
Janeiro, mas ele hoje ele já está muito
forte no norte do país, em regiões como
Roraima, por exemplo, já entrou em ações
até da exploração de ouro, já disputa
áreas com PCC no norte do país e até em
regiões do Oeste, ligadas ali, por
exemplo, a uma tríplice fronteira que
pouca gente fala. Nós conhecemos muito a
tríplice fronteira ali em Foz do Iguaçu,
entre Brasil, eh, Argentina e Paraguai,
mas nós temos uma outra tríplice
fronteira hoje que a volulta de
importância e que realmente chama a
atenção de todos os organismos de
inteligência atualmente, que é a
tríplice fronteira em Assis Brasil. Ou
seja, aquela região ali que pega o Acre,
Bolívia, Peru, é uma região e que se a
gente estender ali também para Rondônia,
eh, nós temos toda uma área de
influência que hoje era antigamente só
uma questão de narcotráfico e hoje já
entrou paraa grande quantidade de
produção de ouro, que passou a ser,
talvez uma das grandes fontes de
financiamento desses grupos. Mas antes
de entrar nisso, eu vou ler para vocês
só rapidamente aqui, ó, relatórios do
FBI, aqui de relatórios de inteligência,
eu tenho vários aqui na minha frente.
Dizem que eh atualmente o PCC mantém
células em pelo menos 12 estados aqui
dos Estados Unidos, 12 estados
americanos, incluindo Massachusetts, New
Jersey, Nova York, Flórida, Conicut,
Tennessee. Essas células, elas estão
envolvidas com lavagem de dinheiro e
tráfico de armas, utilizando brasileiros
que viajam aqui paraos Estados Unidos
como facilitadores. Em 2024, 113 pessoas
foram negadas vistos para entrar aqui
nos Estados Unidos devido à conexão com
o crime organizado e o PCC. Para que
vocês tenham uma ideia, é essa
iniciativa de eh avançar sobre o PCC não
é só uma questão política, mas ela é uma
questão de segurança nacional para os
Estados Unidos também. Então, é
importante nós eh separarmos a questão
de segurança da questão política, que
claro, existe essa presença de um
julgamento que tá sendo feito agora em
Nova York, provavelmente agora deve
terminar até outubro, em que eh o antigo
general ligado à inteligência da
Venezuela, né, que é o Europodio
Carvahal, que eh fez um acordo com eh a
promotoria, a Elisa Robson, que está
aqui nos Estados Unidos também e também
entrou com asilo político aqui nos
Estados Unidos, ela eh escreveu um
livro, ela entrevistou o Hugo Carvahal
na Espanha quando ele estava preso e ele
tem muitos detalhes que ela revela nos
livros das conexões eh do narcotráfico e
do cartel dos Sóis, esse cartel
venezuelano que tem uma cúpula das
forças armadas envolvido eh com a o
financiamento de várias campanhas
políticas, inclusive de Lula e Dilma.
Então, há conexões muito grandes que vão
pro lado político. É verdade.
Só para que a gente fique aqui eh nas
sanções, para que a gente entenda que o
impacto aqui para os Estados Unidos é
que essa essa expansão das operações,
ela já classifica o PCC em quantidade,
em numerário, ou seja, em dólares
movimentados, como a maior organização
transnacional, ou seja, é um cartel que
não está somente ligado às drogas, ele
agora já vai para várias atividades de
lavagem de dinheiro que avançam em
imóveis, em grandes investimentos, em
empresas, inclusive aqui nos Estados
Unidos, de lavagem de dinheiro. Então, é
uma estrutura muito maior do que às
vezes a gente tá acostumado a pensar no
Brasil. Então esse approach que é feito
para mudança de classificação, ele é
feito porque essa estratégia que o Marco
Rubio está fazendo de classificar esses
cartéis como organizações terroristas,
ele possibilita a implementação de uma
eh aqui aqui nos Estados Unidos tudo
precisa ser respaldado e referendado
pelo Congresso e precisa estar amparado
no estado de eh, ou seja, na lei que a
gente chama de rule of law, no no
império das leis. E por isso que eles
precisam dessa classificação para
colocar as forças armadas, não
necessariamente para fazer uma
intervenção. Muita gente, eu vi gente
especulando, ah, agora eh eh haverá
operações eh militares eh para eh dentro
dos territórios, dentro dos países da da
América do Sul, não é bem isso. Quando a
gente fala de estrutura militar
avançando sobre o departamento de
justiça, significa que não é mais uma
questão somente de prender o
narcotraficante e processar. Passa a
você ter a habilidade, a capacidade, por
exemplo, de grupos de forças especiais
atuando dentro do território da América
do Sul. Esses grupos de forças especiais
muitas vezes atuam descaracterizados. A
estrutura de inteligência da CIA, ela é
potencializada
seja com os satélites, seja com toda a
parte de defesa cibernética, porque eles
avançam na lavagem de dinheiro, que hoje
ela atua demais dentro de um espectro eh
cibernético que muitas e muitas vezes é
muito mais complexo e mais difícil de
combater do que você simplesmente mandar
tropa para o terreno para eliminar
plantações de cocaína. Então, é uma
estrutura muito mais sofisticada. E a
presença do Irã, eu queria chamar a
atenção para o Brasil, por quando eu
falei sobre Assis Brasil, pouca gente
percebe e eu só me dei conta graças às
redes sociais porque alguém me chamou
atenção. O governador do Acre, por
exemplo, o sobrenome dele é Cameli ou
Cameli, eu nunca tinha me ligado. Eu
achava que era um sobrenome comum. E
alguém me chamou atenção sobre a grande
comunidade que existe eh sírio-libanesa
naquela região. E eu fui pesquisar e de
fato eh a família dele eh nós temos
imigrantes que vieram do Líbano. Hoje
nós temos a maior comunidade do Líbano
no exterior. Em há quem diga que há mais
descendentes libaneses hoje no Brasil
que na própria capital. E Beirut é
impressionante por e essa quantidade de
eh imigrantes da Síria e do Líbano, que
são uma comunidade amável no Brasil, já
se estabeleceram, tem clubes, tem
associações comerciais, estão muito
ligados a a realmente ao comércio, são
pessoas habilidosas, fizeram dinheiro,
vários deles são cristãos que fugiram da
guerra no Líbano ainda ali na no virada
do do século XIX pro X, início da
Primeira Guerra Mundial. Ou seja, são
famílias estruturadas. Porém, não
podemos esquecer que quando o Israel faz
aquele ataque dos pagers e que ele
elimina a cabeça do Risbolá no Líbano,
eh, houve uma reestruturação
e logo depois, quando o Bachar Alassad
sai da Síria e retira todo o apoio em
cima do Risbolá no Líbano, eles são
obrigados a saírem. grande parte da
liderança do segundo e terceiro escalão
do Risbolá vem pra América do Sul e a
nossa tríplice fronteira da eh essa
assim de FJ do Iguaçu, dali foram eh
daquelas células saíram os ataques
terroristas na Argentina. Então, por
isso que hoje você vê que como tudo tá
eh conectado, né? Nós temos a a Patrícia
eh Patrícia Burit, que ela eh é a
secretária de segurança, né, do da
Argentina, hoje preocupada com as
conexões do PCC com o Risbolar na
tríplice fronteira. Então você veja que
o assunto ele vai ganhando dimensão e o
governo brasileiro ele reage obviamente
por uma questão ideológica, não é? É é
notório a a simpatia que o governo Lula
tem. Eh, não somente pelo Ramaz, pelo
Risbolá, nós temos o o Celso Amorim, ele
ele, se eu não me engano, ele prefaciou
livros sobre sobre o Ramas. Eh, existem
várias publicações acadêmicas de grupos
de esquerda no Brasil apoiando esses
grupos terroristas. Não somente o nosso
vice-presidente foi à posse do
presidente no Irã e esteve naquela foto
que você eh menciona, Silvio, mas eh
existem conexões muito grandes até mesmo
com esses grupos que estão na nossa
tríplice fronteira hoje descansando. A
gente diz descansando. Por quê? Porque a
ideia é que eles vão para essa região
para ficarem por um, dois, às vezes 3
anos eh eh sem contato com a atividade
operacional para esfriarem ali o seu
perfil e dali eles retornarem ao
combate. E muita da lavagem de dinheiro
que é feita ali na tríplice fronteira e
de Foz do Iguaçu, que todo mundo já
conhece, agora é transferida pra área do
Acre de Assis Brasil. Então, hoje, eh,
em Rio Branco, se você observar o
sobrenome de várias das autoridades,
juízes, eh prefeitos, vereadores, eh
pessoal da Polícia Federal, você vai ver
que os sobrenomes são sobrenomes ligados
a essa região do planeta. E é óbvio que
há um ambiente até familiar que
facilita. Para vocês terem uma ideia,
foi detectada já a entrada inclusive de
afegãos por Assis Brasil. Então, eh, há
uma há uma presença que nós
desconhecemos, infelizmente. O, a, o
mainstream jornalístico não trata desse
assunto. E só para que vocês tenham uma
ideia, é uma curiosidade. Vocês lembram
quando o comandante eh sul do com do
Southcom, do comando sul foi ao Brasil
eh inesperadamente, sem agenda? E é um
almirante, né? É um almirante negro. E
ele chega e pede uma visita à capital do
Acre e ninguém entendeu nada. Fou assim:
"Mas um almirante do Comando Sul
querendo fazer uma visita à capital do
Acre, a Rio Branco. Eh, por que isso? E
essa visita acabou sendo eh negada, ou
vamos dizer assim, não foi agendada
porque ele não eh pediu com antecipação,
já havia toda uma programação do
Ministério da Defesa, pelo menos essa
foi eh a desculpa ou a história de
cobertura para que não permitisse uma
visita oficial dele que veio sem avisar
ao Brasil querendo ir ao a Rio Branco,
no Acre. Por que isso? É porque hoje a
atenção já está voltada para as conexões
do ribolá naquela região com a extração
de ouro e o tráfico de ouro. Não é mais
só narcotráfico de drogas ou de cocaína.
Hoje nós temos uma estrutura na América
do Sul que se transformou numa base de
lavagem de dinheiro e de produção até
mesmo de recursos financeiros para
várias atividades terroristas no mundo.
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