Meus amigos, Brasil e Estados Unidos
nunca estiveram tão próximos na história
como agora. Você poderá dizer: "E o
professor enlouqueceu porque a impressão
é que Brasil e Estados Unidos nunca
estiveram tão distantes como agora."
Afinal, temos sobre nós lei magníca e
tarifaço e entre ameaças verbais do
presidente norte-americano.
Bem, devo dizer que essas ameaças,
tarifaço, lei magníca não é contra o
povo brasileiro, e sim contra um
governo. E é bom lembrar que governos
passam, mas para enxergarmos esse laço,
esse laço estreito, inédito na nossa
história com os Estados Unidos, eh
precisamos cavar um bocado de terra.
Trata-se de uma arqueologia
dos indícios. É, e os primeiros indícios
começaram, se não me engano, em março
deste ano, quando Trump fez um discurso
no Jardim das Rosas. Lembram disso? Eu
cheguei a dizer aqui nesse canal que
para mim era muito simbólico que Donald
Trump fizesse um pronunciamento em
relação a América do Sul e América
Central no Jardim das Rosas, porque
afinal de contas ninguém planta rosas na
extremidade da propriedade. As rosas são
geralmente plantadas próximas da casa. E
aquilo era um sinal para mim de que o
governo norte-americano
daria muito mais atenção para o seu
quintal do que para eh questões
distantes, como por exemplo, a Ásia e
até mesmo o Leste Europeu. Estão
lembrados disso? Pois é. Bem, hoje o
site o político, ontem, melhor dizendo,
o site político trouxe uma notícia
interessante que tem tudo a ver com o
que eu previa em março, mais ou menos aí
na metade de março. Disse o político que
autoridades do Pentágono estão propondo
que o departamento priorize a proteção
do território nacional e do hemisfério
ocidental. Uma reversão gritante do
mandato militar de anos. de se
concentrar na ameaça da China. Um
rascunho da mais nova estratégia de
defesa nacional que chegou à mesa do
secretário de defesa Pitt Hegset, agora
o secretário da guerra na semana
passada, coloca missões nacionais e,
prestem atenção, regionais acima do
combate a adversários como Pequim e
Moscou. Isso de acordo com três pessoas
informadas sobre as primeiras versões do
relatório. Bem, em síntese, isso quer
dizer o seguinte: os Estados Unidos não
se preocuparão mais tanto com as
questões que envolvem a Ásia e também o
Leste Europeu, mas claro, manterão um pé
muito firme no na Europa, principalmente
no Mar Báltico, na Polônia. Eh, é o que
se depreende depois o encontro do
presidente Trump com o presidente
polonês e também terá sempre a atenção
especial no Oriente Médio, mas
abandonará um pouco coisas difíceis e
dispendiosas, como manter uma super
proteção à Ásia, a países como
Austrália, Nova Zelândia, eh, Oceania e
Ásia, muito próximos Austrália, Nova
Zelândia, Japão, Coreia do Sul e
Filipino.
É bom lembrar que Donald Trump pede
responsabilidade também do Reino Unido
na defesa desses países do extremo
Oriente. Em relação à Europa, claro,
como disse, os Estados Unidos manterão
tropas na Polônia, podem até aumentar
essas tropas, mas tem pedido, por
exemplo, que os países europeus tenham
mais responsabilidade sobre suas
defesas. Isso daria mais cobertor aos
Estados Unidos que se concentrariam
aonde exatamente? Naquilo que foi
abandonado por décadas, ou melhor, por
séculos, o seu próprio quintal.
Os Estados Unidos pretendem fazer aqui
no no CONI Sul uma espécie de parceria
que já fez com outros países, como por
exemplo o Japão, como por exemplo a
Coreia do Sul, até mesmo a China, porque
Donald Trump lembrou essa semana que a
China, a liberdade da China deve-se
muito à presença norte-americana, ou
melhor, ao apoio norte-americano àele
país que estava sendo escravizado pelo
Japão na Segunda Guerra Mundial.
Bem, a questão agora se volta então para
nós. Por que Donald Trump quer manter
uma vigilância maior sobre o mar do
Caribe? Esse é o X questão começa no
Caribe uma espécie de precisamos limpar
a América do Sul, mas tem antes a
fronteira com o México e nessa semana o
secretário de Estado norte-americano,
Marco Rúbio, esteve justamente no
México. É muito simbólica a presença de
Marco Rúbio, que fala espanhol porque é
cubano também, de ascendência cubana no
México, pedindo o fim dos cartéis. Se os
Estados Unidos querem fazer um grande
bloco com a América, com o México e
depois a América Central e a América do
Sul, os Estados Unidos sabem, ou melhor,
o governo Trump sabe que precisa fazer
algumas limpezas, como, por exemplo,
libertar Cuba e libertar a Nicarágua do
comunismo. precisa também libertar o
México dos cartéis de drogas e precisa
limpar a América do Sul do foro de São
Paulo. E é exatamente essa a nova ação
geopolítica de Donald Trump. É isso que
está acontecendo quando Trump coloca
tarifas pesadas sobre o Brasil. Ele está
dizendo que há um problema político aqui
que está impedindo uma forte aliança dos
Estados Unidos com nosotros. Quando
Donald Trump coloca uma frota pesada no
Mar do Caribe, ele está dizendo que é
preciso limpar a Venezuela de um cartel
que tomou conta do poder para poder
então depois fazer grandes acordos
comerciais com aquele país. Bem, em
relação a essa nova estratégia, é
preciso lembrar o seguinte: algo que
explica esse novo fenômeno geopolítico
ou essa guinada dos Estados Unidos para
o seu próprio quintal. O mundo precisará
cada vez mais de energia, porque com a
inteligência artificial
surgiu uma nova era, uma era em que
basicamente todos dependerão da
inteligência artificial. E para isso é
preciso muita, mas muita energia. Se
olharmos o planeta, veremos que a Ásia
tem sim muita energia, mas está
praticamente toda dominada pela China. O
leste europeu está numa convulsão
tremenda. O Oriente Médio, que tem muito
petróleo, vive uma grande instabilidade.
O que sobraria de Eldorado para a
questão energética? Basta olharmos o
mapa.
Temos debaixo dos Estados Unidos um
manancial eh inesgotável de recursos,
recursos naturais e muita energia. A
Venezuela, por exemplo, é uma das
principais fornecedoras de petróleo para
o mundo e poderá ser novamente, mas
também tem muitas florestas e muito
ouro. Se olharmos para o Brasil, veremos
que tem muito minério, tem muita água e
muito alimento. E o a Argentina não é
diferente. Aliás, a Argentina tem até um
diferencial nessa questão. está
desenvolvendo pequenos reatores
nucleares para a produção de energia
muito barata. E a Argentina, é bom
lembrarmos, já está bem alinhada com os
Estados Unidos, assim como o Paraguai.
Bem, se daqui para frente em energia
será tudo para sustentar a inteligência
artificial, podemos entender que o olho
de Donald Trump sobre nós é muito
estratégico. Afinal, Donald Trump dá de
10 a 0 em praticamente todos os líderes
mundiais em questões comerciais. Ele é o
homem dos negócios. Bem, para fazer
grandes negócios com a América do Sul,
esse depósito inesgotável de recursos,
ele precisa, evidentemente, limpá-la
daquilo que impede o próprio crescimento
da América do Sul e uma aliança mais eh
firme com os Estados Unidos, uma aliança
eh mais formal e mais lucrativa para
ambos, porque afinal de contas certos
regimes aqui querem alhar-se ao outro
bloco. Então, a questão daqui para a
frente será essa. A atenção de Donald
Trump sobre nós é, em primeiro lugar,
política, visando posteriormente grandes
acordos comerciais, ao ponto de que,
podemos dizer, cria-se no futuro uma
grande aliança ou então um grande
mercado, um mercado eh comum entre os
países da América do Sul, América
Central e a América do Norte. Qual é o
impecílio? Não é preciso ser gênio para
dizer que o impecílio é aquele velho
discurso anticapitalista
que está na boca de muitos ou de alguns
líderes ainda na América do Sul. Então,
num primeiro momento, veremos uma ação
mais pesada dos Estados Unidos contra
esses países aqui na América do Sul que
mantém o velho discurso marxista
e leninista e mauísta. Mas depois,
certamente, se os Estados Unidos
conseguirem os seus objetivos políticos
aqui na região, podemos sim ver em
perspectiva grandes negócios para o
futuro. E o futuro pode ser muito bom
para o Brasil, uma vez que nos unirmos,
e é isso, é uma uma questão inédita, nos
unirmos realmente com os Estados Unidos,
poderemos ter sim um imenso mercado e um
padrão de vida muito alto daqui para a
frente. O Eldorado, nesse caso, será a
Venezuela, porque como disse a Venezuela
tem muito petróleo, é o segundo maior
produtor de petróleo do mundo e poderá
ser eventualmente no futuro, a Arábia
Saudita
da América do Sul. Mas também a
Venezuela tem projetos em termos de
tecnologia. Ela só precisa mudar de
direção. Muitos investirão na Venezuela,
uma vez que o regime de Maduro seja
substituído por um governo democrático.
Já fala-se em criar bases para o
conservadorismo
na Venezuela. É claro, uma questão
bastante desafiadora. Trata-se aí de uma
nova pedagogia que deve começar nas
escolas para dar frutos daqui 20 ou 30
anos, mas é uma possibilidade real hoje,
uma vez que o regime de Maduro esteja
por um fio. E o Brasil? Bem, este é o
grande ponto de interrogação.
Precisamos, em primeiro lugar, perguntar
se os nossos investidores ou então a
nossa elite, aquela que gera riquezas no
país, quer se alinhar aos Estados Unidos
ou a um eixo muito distante formado por
Rússia e China? Se optar pelos Estados
Unidos, e essa seria a melhor opção,
teríamos então uma revolução tecnológica
no país e não seríamos mais apenas meros
fornecedores de matériapra. Essa é a
perspectiva.
O a Argentina, nesse caso, e o Paraguai
já se adiantaram. O Paraguai até mais
ainda porque tem hoje uma base
norte-americana,
mas faltam esses dois grandes obstáculos
na visão da Casa Branca aqui na América
do Sul. Ou melhor, três obstáculos
Venezuela, Brasil e Colômbia. Na América
Central, bem, a América Central não tem,
digamos assim, um grande exército, uma
vez que Rússia e China não a defendam. A
questão é saber se Rússia e China
pagarão o preço, perderão a América
Central e a América do Sul para essa
nova política dos Estados Unidos. O
México, o México tem uma questão
existencial com os Estados Unidos. É
destino ser vizinho de um gigante. E
como vizinho de um gigante, é bom tomar
cuidado. Não se pode brincar com o
gigante, porque embora ele pareça amigo,
pode ser a pior das ameaças, o pior dos
pesadelos. E o México sabe disso. Embora
os mexicanos sejam administrados pela
esquerda que detesta os Estados Unidos,
a esquerda mexicana detesta ainda mais a
possibilidade
de ser demolida pelo vizinho do norte. O
fato que está por trás de tudo isso é
muito simples. Trata-se da nova
revolução industrial, a revolução
industrial do século XX, a revolução da
inteligência artificial, que exige
sobretudo energia. E aí então está a
grande disputa pela hegemonia através da
inteligência artificial e aquilo que as
sustenta, energia. China e Estados
Unidos estão buscando essa hegemonia.
com uma diferença. A China trata os seus
parceiros como colônias. Esse é um
modelo muito antigo, um modelo chinês
muito antigo. E a ideia de Donald Trump
é diferente. É tratar os seus parceiros
como parceiros e não como colônias. Ou
seja, a ideia de Donald Trump é criar
parcerias. Parcerias para que se criem
usinas de produção de energia. essas
usinas sejam parceiras dos Estados
Unidos e vendam o excedente de sua
produção energética para os Estados
Unidos, claro, a um preço de mercado
comum. Essa é a ideia de Donald Trump. E
se nos associarmos a Donald Trump nessa
ideia, certamente estaremos muito bem na
primeira, ainda na primeira metade do
século XX, como parceiros
norte-americanos
da revolução da da inteligência
artificial.
Claro que os Estados Unidos são bem
diferentes em relação à China. Eles
compartilham tecnologia, seriam sócios,
mais ou menos como aconteceu em relação
a Japão e Coreia do Sul, que ao se
associarem aos Estados Unidos
tornaram-se potências econômicas. Essa é
em perspectiva, a possibilidade da
América do Sul crescer e muito a partir
da revolução da inteligência artificial
em parceria com os Estados Unidos. Mas
aí é preciso perguntar se a nossa elite
financeira quer essa sociedade com os
Estados Unidos ou com aquilo que hoje
muitos chamam de o eixo do mal. Não
devemos perder essa oportunidade.
Donald Trump está nos oferecendo, sim
uma oportunidade de ouro. Nunca, repito,
estivemos tão próximos dos Estados
Unidos como agora. É o cavalo. É bom
lembrar. passa enciliado uma única vez.
É bom desperdiçarmos
a chance. Por enquanto é isso. Se você
gostou desse vídeo, deixe o seu like.
Lembre-se, a noitinha eu volto. Espero
vocês.
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