e aí pessoal então eu tô aqui hoje na
casa do Paulo né meu amigo aqui que é um
produtor audiovisual e na semana passada
eu vim aqui pra gente iniciar a produção
do documentário sobre os Açores e
aconteceu um fato muito curioso que para
mim não é acaso e eu já vou explicar
isso para vocês daqui a pouquinho foi
que quando eu entrei aqui né na casa do
Paulo eu abri a porta e o Paulo veio me
receber e eu entrei na sala para chegar
na mesa onde ele faz as edições e tudo
nós ouvimos um barulho forte e quando
nós olhamos um pássaro tinha batido na
janela e caído no chão aí nós ficamos
assustado paulo ficou meio mais
assustado do que eu nem quis ver o que
tinha acontecido falei: "Paulo o pássaro
bateu na janela vamos lá ver" eu abri a
janela e vi um an preto caído no chão
com as asas abertas ele tava parecia
tava inconsciente não dava para saber se
ele tava morto ou não mas eu quando eu
vi aquele passo ali imediatamente eu
comecei a conectar com o meu coração
como eu já fiz em outros momentos e
comecei a irradiar né uma energia para
ele com a intenção de que ele se
harmonizasse né e se ele tivesse vivo
ainda que ele pudesse recuperar e fiquei
observando e de repente ele começou a
movimentar né levantou a cabeça e
começou a recobrar a consciência e
aquele evento ali foi interessante eu
falei com Paulo Paulo isso não é por
acaso isso já aconteceu comigo outras
vezes né e os pássaros são mensageiros
de certa forma e aí nós ficamos ali né
refletindo conversando um pouquinho a
respeito disso só que eu fiquei né
pensando o que o que que esse pássaro
pode estar trazendo de mensagem beleza
continuamos ali fomos fazer o nosso
trabalho eu fiquei só observando toda
hora eu olhava como é que tava o Anu
vendo se não tinha nenhum bicho que ia
chegar ali um gato para pegá-lo sabe
ficando atento e no final das contas ele
recuperou a consciência levantou né e
voou e foi embora né então recuperou e
deixou duas penas
[Música]
né e quando um pássaro deixa suas penas
para mim também é um é um símbolo
importante né duas peninhas pretas
estavam ali no chão ok fomos fazer nosso
trabalho começamos a fazer né a ter as
ideias sobre o documentário dos Açores e
de repente nós paramos fomos tomar um
café na cozinha do Paulo e ali tem uma
janela e quando nós olhamos pela janela
o que que nós vimos nós vi um gavião no
galho de uma árvore quietinho né e eu
tenho até a foto desse gavião e ele tava
ali eu falei: "Paula olha só o pássaro
de novo cara" então os pássaros vocês
trazem mensagens eles são importantes e
aí ficou aquela aquela sentimento aquela
sensação em nós dois de que algo alguma
mensagem importante estava presente ali
né ok e aí nós continuamos fazendo né o
documentário e aquela experiência ficou
ali refletimos um pouquinho sobre ela
mas digamos assim que os elementos os
insightes vêm depois bom eh atualmente
eu tô lendo um livro né que fala sobre a
teurgia então quem já conhece um pouco
das minhas histórias sabe da minha
relação com a teologia né que é uma
escola digamos assim filosófica
espiritual relacionada com os
neoplatônicos né que existiram lá no
século 2 3 depois decoisto que tem na
figura de Jamblico e Próclo os seus
principais expoentes e a teurgia era uma
prática que visava a levar o teurgista
de volta para a unidade então era uma
maneira de se comunicar também com os
deuses os teurgistas né o próprio nome
teurgia significa té urgos é Deus urgos
o trabalho então o teurista ou teúgo é
aquele que realiza o trabalho dos deuses
então uma parte fundamental da filosofia
teúrgica é que o teurgista fizesse
práticas eh de purificação e práticas
rituais que o abrissem para poder
receber a informação que vinha dos
deuses ou da divindade ou do Uno porque
na visão teúrgica a unidade é uma é uma
filosofia monista apesar de vários
deuses fazerem parte da tradição
teúrgica eles acreditavam que todos os
deuses eles prov então todos eles são
aspectos da mesma unidade então de certa
forma a prática teúrgica consiste em
práticas e tá atento para poder receber
a orientação dos deuses e realizar o
trabalho divino na Terra para que ele
possa retornar à unidade e também
manifestar a vontade divina do planeta
então tô dando essa introdução rápida
porque eu tenho essa relação com a
teologia e recentemente eu comprei um
livro né de 2024 de um grande estudioso
da teologia que é o Gregory Shop e o
título do livro é o tantra helênico o
platonismo teúrgico de Jambo né então
essa é a capa do livro depois a gente
vai falar né uhum e eu tô lendo né e
hoje eu cheguei no seguinte capítulo que
eu vou ler aqui para vocês olha que
curioso é
chamado divinação teúrgica e tântrica
então o início do capítulo fala o
seguinte: "Nas culturas mediterrâneas
tradicionais o adivinho ou mantes
discernia a vontade dos deuses e como
obedecer a eles." Na antiguidade dois
tipos de divinação ou mantiquê eram
praticadas a artificial que era a
interpretação dos sinais através do
jogar dos dados de ossos a leitura das
entranhas e também eh mapas
astrológicos agulhos e a observação dos
pássaros e também os processos de
mântica natural que eram recepções
diretas do divino através de sonhos
transessão pelos deuses bom então tendo
trazido esse contexto né da importância
da leitura da linguagem divina
expressada na natureza como os teuristas
faziam e mais especificamente os
pássaros então queria fazer agora uma
leitura né desse evento que aconteceu
aqui né na casa do Paulo quando nós
iniciávamos o nosso documentário sobre
os Açores então vou começar primeiro
trazendo uma informação do documentário
dos Açores que foi o que nós decidimos
naquele dia que como é que nós
iniciaríamos o documentário e nós
trouxemos uma mensagem do Cry chamada o
relógio iluminado onde ele fala do
relógio iluminado como sendo e
engrenagens pequenas e grandes que fazem
parte de algo muito maior falando do
microcosmo e do macrocosmo né tanto de
situações e pessoais quanto coletivas e
mais ciclos de tempo pequenos ciclos de
tempo dentro de ciclos de tempo maiores
então essa metáfora das engrenagens
serve para essa expansão de consciência
mostrando como existem os micro
microcosmos macrocómo basicamente isso
então eu queria chamar atenção para esse
essa essa experiência então o pássaro
batendo na janela curiosamente dentro do
documentário dos Açores né um tema que o
Cry trouxe repetidamente em várias
mensagens foi a respeito do muro e o
muro é uma metáfora que o Cry usa para
falar sobre a prática da meditação
quando a pessoa medita ele expande a
consciência mas ele sempre chega num
muro no muro que não permite ele ir além
assim como o pássaro chocou-se contra
uma barreira que ele não via não
percebia né isso deixou atordoado nós
podemos entender também a consciência
humana como alcançando um certo uma
certa barreira um muro onde ela não
supera nós estamos no momento de
superação de superar esses limites então
voltando pra leitura né divina através
dos algúrios aqui dos pássaros então o
anul caiu né e ficou atordoado do ponto
de vista pessoal eu vou trazer essa essa
metáfora para minha vida pessoal desde o
início da pandemia eu tenho entrado num
processo também de me sentir ferido pelo
contato com conteúdos internos medos
apreensões uma série de coisas que eu
não vou entrar em detalhes mas que
representa isso e eu tenho ficado como
esse anu mais quietinho atordoado antes
de poder voar e eu acredito que isso
vale também por uma engrenagem maior que
é a própria consciência coletiva da
humanidade acho que desde o início da
pandemia todos nós entramos num processo
né de uma de tomar consciência de algo
uma ferida algo que não nos permite ir
além né da nossa da nossa condição atual
nós temos estado nesse estado por algum
tempo e assim como o ANU há um momento
onde há uma recuperação e depois dessa
recuperação ele voa então isso para mim
representa o momento que eu tô vivendo
inclusive curiosamente eu tô com o meu
braço ferido né isso começou no início
da pandemia também no início no meio da
pandemia 2020 2021 onde eu veio um tombo
de bicicleta e continuo no processo e
esse ano eu sinto que é quando eu vou
fazer a cura dessa ferida então eu tô
chamando atenção para isso e o outro
elemento é o outro pássaro né como se
houvesse ali escondido quando nós fomos
para um outro ambiente existia lá um
outro potencial que é o falcão ou o
gavião então o gavião é uma ave de
rapina que pode representar tanto eh a
águia ou o falcão por exemplo orus na
tradição egípcia é um falcão e ele tem
uma importância muito grande na tradição
grega por exemplo a águia é um símbolo
de Zeus né são deuses que têm essa
perspectiva eh maior então podemos
entender também como a nossa própria
nosso próprio eu superior a visão e
perspectiva da nossa alma e ele tava
quietinho na árvore meio que num estado
potencial esperando voar então para mim
a leitura que depois deste ciclo né do
da ave ferida e a recuperação dessa de
ter batido contra esse muro invisível
que é o limite da nossa consciência nós
podemos superar esse limite e então esse
potencial que tá ali só aguardando a
humanidade tomar consciência dele então
vai alçar voo e vai representar a
expansão da consciência da humanidade e
a superação dessa barreira invisível que
é na falta de consciência que nós ainda
temos temos como seres humanos e bom
então essa é a interpretação que eu faço
agora nesse momento e como toda a arte
mântica né a leitura vai ficando mais
clara à medida que nós vamos expandindo
a consciência e outros elementos chegam
né então espero que no documentário dos
Açores nós possamos trazer mais desses
elementos que vão permitir né que essa
dinâmica seja vivenciada de uma forma
muito mais ampla né com a superação
desse limite invisível para que a gente
possa expandir nossa consciência e voar
né como seres alados que nós somos
realmente em termos de consciência
[Música]
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