[Música]
durante toda a minha vida fui conhecido como Padre Pedro de Santana um título
que Carrego como um fardo pesado hoje com 62 anos não sou mais sacerdote e nem
carrego a fé que um dia me sustentou quando Vaticano me afastou há quase uma década fui forçado mergulhar no silêncio
mas há algo que ninguém pode entender o silêncio para quem carrega Segredos é
como um grito eterno dentro da Alma passei boa parte da minha juventude nos
corredores gelados do Vaticano servindo a figura mais poderosa da cristandade
meu trabalho era simples ser o confessor de homens poderosos um guardião do
segredo dos mais obscuros não havia espaço para questionar apenas para
obedecer minha relação com a Santa Sé começou aos 19 anos quando fui enviado
de Portugal para o seminário em Roma a princípio era uma vida cheia de promessas cercada por cânticos rituais e
um ambiente que parecia sagrado aos 25 fui escolhido para ser um dos auxiliares
pessoais do Papa para muitos isso era uma bênção de divina mas para mim
tornou-se o começo de um pesadelo que se desenrolaria lentamente com um veneno
que mata de forma silenciosa o Vaticano tinha dois rostos o público de Pureza e
devoção e o oculto Sombrio e intrinsecamente humano foi na véspera de
um Natal que vi pela primeira vez algo que me fez questionar minha fé lembro-me
bem daquela noite o frio cortava a pele mas as paredes de mármore do Vaticano
pareciam ainda mais geladas fui chamado para acompanhar uma cerimônia privada
algo reservado apenas aos mais próximos na pequena Capela iluminada apenas por
velas vi figuras que reconheci imediatamente bispos cardeais e até
mesmo Papa estavam presentes mas suas expressões não traziam a serenidade que
eu costumava associar aquelas Faces havia algo errado o cheiro de incenso me
estava-se a algo metálico que me causava náuseas no centro da Capela uma mesa de
pedra servia como altar mas o que repousava ali não era um cálice sagrado
era um objeto que me faria tremer até hoje um recipiente com Sangue Fresco O
Ritual começou de forma discreta mas logo se transformou em algo que parecia
fugir ao controle cânticos em latim deram lugar a palavras que eu jamais ouvirá antes um círculo foi formado
então viu que jamais quis acreditar de início pensei que fosse apenas uma
dramatização algo simbólico mas quando percebi a presença de uma criança
pequena de não mais que 5 anos meu coração quase parou ela estava
amordaçada com os olhos arregalados como se já entendesse o que aconteceria
tentei intervir mas uma mão firme pousou em meu ombro era um Cardeal que apenas
murmurou para entender o Divino é preciso sacrificar fui forçado a
assistir ao que não consigo sequer descrever por completo Essa foi a noite em que tudo mudou minha fé foi destruída
e a culpa me corrói desde então hoje ao revelar essa história sei que minha vida
está em perigo mas se ficar em silêncio o mal Continuará oculto protegido pelos
muros do Vaticano que Deus me perdoe por tudo que vi e por tudo que nunca tive
coragem de impedir Fui convocado ao Vaticano em 1988 um ano antes daquele Natal que me
marcou para sempre naquela época eu era apenas um jovem Padre em um Vilarejo
esquecido no norte de Portugal meu mundo era simples missas diárias confissões e
os pecados mundanos de uma comunidade Rural que apesar de seus erros ainda se
agarrava a fé a carta chegou como um raio era assinada pelo próprio
secretário de estado do Vaticano um convite direto para servir na sede da Igreja Católica lembro-me de tremer ao
ler aquelas palavras era impossível recusar minha partida foi marcada por
lágrimas da pequena comunidade que eu deixava para trás eles viam a minha ascensão como o sinal de bênção divina
mas no fundo eu sentia algo diferente uma inquietação que não conseguia nomear
Roma era grandiosa e esmagadora os corredores do Vaticano pareciam vivos
respirando uma história de milênios os sussurros em línguas diferentes os passos apressados dos sacerdotes e a
constante sensação de vigilância me colocaram em Alerta desde o início era como se cada parede tivesse olhos fui
recebido com formalidades e um treinamento rigoroso não era apenas sobre liturgia ou teologia aprendi sobre
sigilo disciplina e a necessidade de cegar se diante de certas realidades Nem
tudo é o que parece disse-me Monsenhor Vitório o homem que me orientava ele era
um sacerdote experiente de olhar frio e distante há coisas que você verá aqui
que não compreenderá e sua única tarefa será aceitar na primeira semana fui
apresentado a biblioteca secreta do Vaticano o cheiro de couro antigo e
pergaminhos dominava o ambiente enquanto manuseava documentos que falavam de heresias e conspirações algo
começou a germinar em mim uma dúvida que cresceria cada dia entre os textos
sagrados encontrei relatos de rituais antigos cerimônias que misturavam
cristianismo com práticas pagãs quando perguntei a Monsenhor Vitório sobre aquilo ele apenas sorriu e respondeu a
fé como mosaico há peças que o público jamais deve ver a rotina no Vaticano era
sufocante a cada dia sentia que algo obscuro espreitava nos corredores uma
presença invisível a capela privada do Papa era um lugar que eu só podia entrar
com permissão e mesmo assim apenas para cerimônias especiais foi lá que certa
noite ouvi pela primeira vez os cânticos que não pertenciam à missa comum era uma
melodia em latim mas com palavras que não reconhecia quando tentei me aproximar para ouvir Melhor fui
interrompido por um guarda da Guarda Suíça que me olhou Como se eu tivesse invadido um território proibido conforme
os meses passaram Percebi que os sorrisos e palavras doces escondiam algo
mais profundo conheci cardiais cujas mãos tremiam enquanto rezavam sacerdotes
que evitavam cruzar olhares e faziam sinal da cruz com frequência exagerada como se tentassem proteger-se de algo Eu
não entendia mas a resposta começaria a ser revelada em dezembro daquele ano
quando recebi minha primeira tarefa especial participar da organização de uma cerimônia de Natal restrita para
poucos convidados a preparação começou dias antes a capela privada foi
transformada em algo que eu não reconhecia mais as paredes foram cobertas por tapeçarias vermelhas e
símbolos que eu não conhecia decoravam o altar não havia Cruzes apenas
geométricos que pareciam pulsar a luz das velas Monsenhor vitó entregou-me uma
lista de tarefas enquanto Lia percebi algo que me deixou inquieto entre os
itens estava solicitação de sangue humano especificado como coletado
recentemente perguntei sobre aquilo mas ele me lançou um olhar tão gelado que me
calei na noite da cerimônia tudo estava pronto a atmosfera na capela era densa
quase sufocante os convidados Chegaram um a um envoltos em mantos pretos que
escondiam seus rostos alguns Eu reconheci pelas mãos Anéis ornamentados
indicavam suas posições na hierarquia da igreja quando o Papa entrou o silêncio
foi absoluto ele caminhava com uma Calma que me parecia forçada seus olhos não
traziam serenidade mas algo que nunca conseguirei descrever eu observava de um
canto tentando entender o que acontecia Até que a cerimônia começou cânticos em
uma língua desconhecida encheram o ar e o recipiente com sangue foi trazido para o altar eu queria fugir mas minhas
pernas estavam paralisadas algo dentro de mim sabia que eu estava testemunhando
algo que jamais deveria ser visto foi nesse momento que a criança entrou ela
foi trazida por dois sacerdotes que não mostravam nenhuma emoção meu coração
disp tudo em mim queria correr e salvá-la Mas eu sabia que seria detido Monsenhor
Vitório percebeu minha reação e com gesto discreto me ordenou que ficasse
parado assista ele sussurrou e aprendo o preço da Fé verdadeira naquele instante
o mundo pareceu parar a criança estava descalça os pés pequenos tocando o
mármore frio da Capela seus olhos estavam arregalados cheios de medo mas ela não chorava era
como se já tivesse aceitado o seu destino o que tornava tudo ainda mais horrível meu corpo inteiro tremia o suor
escorrendo pelas minhas costas e uma pergunta insistente martelava minha mente como a igreja símbolo de Pureza e
Redenção podia permitir aquilo o silêncio na capela foi quebrado por um
canto baixo gutural entoado pelo Papa ele segurava um pequeno livro de de capa
escura suas palavras ressoando com uma força que parecia além da compreensão humana não era latim nem qualquer idioma
que eu já tivesse ouvido cada palavra parecia carregar um peso Sobrenatural
como se tocasse algo profundo e primitivo ao redor do altar os cardeais
e bispos repetiam o canto formando um coro hipnótico que fazia o ar na capela
parecer mais pesado a criança foi colocada sobre a mesa de pedra no CRO
dentro do altar uma corda vermelha quase como uma fita foi amarrada delicadamente
em seus pulsos e tornozelos era um gesto que parecia ritualístico quase
cerimonial mas escondia uma violência Sutil Ela olhava para o teto os olhos
fixos e um ponto invisível talvez tentando escapar mentalmente daquela realidade eu me forcei a desviar o olhar
mas Monsenhor Vitório que estava ao meu lado segurou meu braço e me obrigou a
assistir você foi escolhido para ver ele murmurou não para questionar o Papa
começou a recitar algo diferente e dessa vez eu pude entender algumas palavras
Vita sanguis anima vida sangue alma ele
ergueu o recipiente com Sangue Fresco e o líquido refletiu a luz das velas como
se estivesse vivo pulsando um Cardeal aproximou-se com uma faca pequena e
ornamental ada o cabo decorado com símbolos que eu nunca vira antes o metal
brilhava de maneira quase Sobrenatural como se tivesse sido forjado para algo
além do entendimento humano meu coração parecia prestes a sair pela boca quando
Cardeal ergueu a faca senti meu corpo reagir por instinto dei um passo à
frente mas a mão de Vitório me deteve com força surpreendente para alguém da sua idade não seja tolo ele diz os olhos
fixos no Altar Este é o sacrifício que mantém o equilíbrio do mundo sem isso as
forças caóticas nos consumiriam sua voz era fria calculada como se ele realmente
acreditasse naquilo a lâmina desceu lentamente Então tudo aconteceu de forma
rápida demais para que eu pudesse processar não houve gritos apenas um
suspiro profundo com o último sopro de vida deixando o corpo da criança o
sangue foi coletado cuidadosamente em pequenos recipientes que eram distribuídos entre os presentes cada um
olhava os dedos no líquido e fazia um símbolo em sua testa como uma paródia grotesca do sinal da cruz Senti meu
estômago revirar queria gritar correr mas sabia que estava preso ali
testemunhando que nunca deveria ter sido visto quando o ritual terminou a capela
ficou em um silêncio absoluto a criança foi levada por dois guardas que não
mostraram qualquer emoção como se carregassem algo sem valor meu corpo
estava entorpecido e minha mente lutava para processar o que havia acabado de acontecer Monsenhor Vitório virou-se
para mim um sorriso frio em seus lábios Agora você entende porque está aqui ele
disse nem todos têm a força para carregar o fardo da Verdade mas você foi
escolhido porque tem essa força Ele falou como se estivesse me concedendo um privilégio mas tudo que eu sentia Era
repulsa naquela noite não consegui dormir minha mente estava consumida
pelas imagens do ritual pelas palavras sombrias do Papa e pelo rosto da criança
porque ninguém fazia nada como um ato tão terrível podia ser considerado um
sacrifício necessário rezei pela primeira vez em anos mas as palavras
saíam vazias Como se até Deus tivesse me abandonado nos dias seguintes Tentei
encontrar respostas vasculhei a biblioteca secreta conversei com outros
sacerdotes mas ninguém parecia disposto a falar sobre o que eu havia presenciado
era como se aquele evento não tivesse acontecido como se fosse um segredo enterrado sob camadas de silêncio e medo
cada vez mais eu sentia que estava sozinho preso em uma teia de mistérios que se estendia muito muito além do que
eu podia compreender então uma nova convocação chegou Monsenhor Vittor me
chamou em particular e disse que eu deveria me preparar para o próximo ritual marcado para a noite de natal
dessa vez ele garantiu que meu papel seria mais ativo a ideia de participar
diretamente me fez sentir como se estivesse sendo consumido por dentro mas recusar não era uma opção as semanas que
antecederam o Natal foram Sem Fim cada dia que passava eu me sentia mais
afundado em um pesadelo do qual não conseguia acordar os corredores do Vaticano que antes pareciam sagrados
agora eram sufocantes como o labirinto projetado para manter Segredos obscuros
Monsenhor Vitório me observava com frequência seus olhos frios parecendo
penetrar cada pensamento meu ele sabia que algo em mim havia mudado mas não
comentou a assim havia uma tensão no ar como se ele estivesse esperando que eu
quebrasse uma noite enquanto caminhava pela biblioteca secreta encontrei algo
que mudaria tudo eu buscava respostas desesperadas qualquer coisa que
explicasse o que presenciei em uma sessão isolada protegida por cadeados
que consegui abrir após observar como sacerdotes mais antigos faziam encontrei
um manuscrito antigo o título estava em misterium sanguines O Mistério do sangue
o texto era fragmentado mas detalhava rituais que misturavam cristianismo com
cultos pagãos antigos todos envolvendo o uso de sangue humano como oferenda havia
algo ainda mais perturbador referências ao círculo dos 12 uma seita secreta
composta pelos líderes mais poderosos da igreja de acordo com o manuscrito esses
homens acreditavam que o sangue de crianças entes era chave para manter um equilíbrio entre o mundo terreno e o
espiritual a cada Natal eles realizavam O Ritual para renovar o pacto a ideia de
que as pessoas que lideravam a fé de bilhões carregavam crenças tão perversas me causou misto de raiva e desespero no
meio da Leitura ouvi Passos fechei o manuscrito rapidamente e me escondi
entre as estantes Monsenhor Vitório entrou na sala seguido por do outros
sacerdotes eles falavam em voz baixa mas eu consegui captar partes da conversa
ele está exitante disse um dos homens se ele não estiver pronto será descartado
Vitório respondeu com calma ele está sob pressão mas é forte e mesmo que fale a
verdade jamais sairá destes muros meu sangue gelou eles estavam falando de mim
sabiam que eu estava perto do limite mas também sabiam que eu não tinha saída o
Vaticano era uma prisão disfarçada de tempo quando saíram esperei alguns
minutos antes de sair do Esconderijo naquele momento tomei uma decisão eu
precisava sair dali mas não podia simplesmente desaparecer não enquanto
soubesse que outro ritual aconteceria em breve e mais inocent seriam sacrificados
na manhã seguinte fui chamado a escritório de Vitório Ele me entregou
uma pequena caixa de madeira ornamentada com detalhes em Ouro abra ele disse
dentro havia uma cruz dourada com uma pedra vermelha no centro era um símbolo
de autoridade dentro do Vaticano concedido apenas aqueles considerados
dignos ele sorriu Isso significa que agora você faz parte do Círculo interno
a partir de hoje você não apenas testemunhará mas será uma peça ativa nos
rituais minha boca secou eu não conseguia responder Vitório interpretou
meu silêncio com aceitação prepare-se na véspera de natal você será responsável
por conduzir uma das partes do rito ele saiu sem dizer mais nada deixando-me
sozinho com objeto em minhas mãos a cruz parecia pesar mais do que deveria como
se carregasse todos os pecados daquele lugar nos dias seguintes planejei minha
saída não seria fácil cada canto do Vaticano era monitorado e qualquer
movimento suspeito seria notado eu precisava de um aliado alguém que
pudesse me ajudar a levar a verdade para o mundo lembrei-me de Padre Geovani um
velho confessor que havia sido afastado por suas constantes críticas à hierarquia da igreja ele agora vivia em
um convento afastado na periferia de Roma se alguém pudesse me ajudar seria
ele na noite antes do Natal tomei coragem e saí escondido Esperei até a
troca de turno da Guarda Suíça quando os corredores ficavam menos vigiados levei
comigo o manuscrito que havia encontrado escondido sobre a batina minha fuga foi
tensa cada som amplificado pela adrenalina consegui sair do Vaticano por
uma passagem lateral que havia descoberto meses antes usada pelos trabalhadores que evitavam os corredores
principais Cheguei ao convento de Geovan pouco antes do Amanhecer ele estava
surpreso Ao me ver mas sua expressão mudou ao ouvir minha história eu sabia
que algo estava errado ele disse sempre soube que havia uma podridão na Cúpula
da igreja mas isso isso é muito pior do que eu imaginei ele me prometeu ajuda
mas com uma condição Eu precisaria testemunhar o próximo Ritual e reunir provas concretas sem isso ninguém
acreditaria em mim era uma ideia suicida Mas eu sabia que ele estava certo não
bastava escapar eu precisava destruir aquele círculo de horrores voltaria ao
Vaticano naquela noite fingindo lealdade mas com a intenção de expor a verdade na
noite de natal retornei ao Vaticano como se nada tivesse acontecido
as sombras dos corredores pareciam mais densas do que nunca e o som dos meus passos ecoava como se me acusasse de
traição cada rosto que cruzava o meu carregava a mesma expressão um sorriso
controlado distante como se todo soubessem que algo Sombrio estava prestes a acontecer Monsenhor Vitório me
aguardava na entrada da capela privada trajando uma túnica preta com detalhes
Dourados ele me olhou Como se quisesse decifrar meus pensamentos mas não disse nada a preparação para o
ritual estava em andamento vi outros sacerdotes ajustando os ornamentos do
altar colocando os mesmos símbolos geométricos perturbadores que eu havia visto no ritual anterior o cheiro de
incenso era intenso quase sufocante mas não conseguia mascarar o odor metálico
que parecia emanar do próprio Altar um recipiente dourado repousava no centro
vazio mas claramente destin ser preenchido com algo terrível enquanto
ajudava com as Preparações fui instruído por Vitório sobre meu papel esta noite
você conduzirá a Invocação Inicial ele disse entregando-me um pequeno livro
encadernado em couro as palavras estão aqui siga as arrisca e tudo ficará bem
eu abri o livro imediatamente reconheci a escrita era semelhante aos cânticos
que ouvirá antes mas dessa vez estavam acompanhados por instruções detalhadas entre as palavras em latim
algumas pareciam ecoar no fundo da minha mente como se tivessem um poder que ia além da compreensão humana os convidados
começaram a chegar pouco antes da Meia Noite Todos usavam mantos pretos que
cobriam seus rostos mas seus anéis e acessórios os denunciavam reconhecia
alguns deles de missas públicas e audiências papais eram figuras de Alto
Escalão homens que o mundo inteiro venerava como Santos e líderes espirituais o próprio Papa chegou por
último cercado por dois cardiais ele trajava uma túnica branca com detalhes
em vermelho seu semblante era de Total tranquilidade como se estivesse prestes
a participar de um ato comum e não de um ritual idioma quando a cerimônia começou
fui chamado para o centro da Capela Meu Coração batia tão forte que eu mal
conseguia respirar todos os olhares estavam fixos em mim e o silêncio era esmagador com o livre em
mãos comecei a recitar as palavras minha voz tremendo no início mas ganhando
força medida que prosseguia as frases em latim saíam da minha boca como se não
fossem minhas era como se algo ou alguém estivesse guiando minha língua isso me
aterrorizava Ainda Mais enquanto recitava os outros participantes se
posicionaram ao redor do altar formando um círculo perfeito o Papa permaneceu ao
centro com as mãos erguidas com se absorvesse cada palavra que eu pronunciava a atmosfera na sala mudou o
ar tornou-se denso pesado como se uma força invisível tivesse descido sobre
nós as velas pareciam tremer suas Chamas oscilando de maneira incomum e um som
baixo quase como um zumbido preencheu o espaço foi então que a criança foi
trazida desta vez eram duas um menino e uma menina Ambos aparentando não mais do
que oito anos eles estavam calados mas seus olhos refletiam o medo que eu nunca
esquecerei o Papa segurou um cálice vazio enquanto dois cardeais começaram a
entoar um Cântico que parecia sair de algum lugar profundo e inumano o sangue
nas minhas veias parecia congelar a cada palavra Eu sabia que tinha pouco tempo
Se eu quisesse agir precisava fazê-lo antes que o ritual avançasse para o ponto sem retorno minhas mãos estavam
suando mas eu mantinha o livro firme fingindo seguir o papel que me haviam dado lembrei-me do que Padre Geovani
havia dito era necessário reunir provas minha única chance era pegar algo
concreto que pudesse expor aquele horror fingi um tropeço e deixei o livro cair
próximo ao altar ao me abaixar para pegá-lo coloquei a mão em um dos recipientes que haviam sido usados no
ritual anterior ainda manchado de sangue seco escondi o sobre minha túnica
esperando que ninguém percebesse quando me levantei os olhos de Vitória estavam
fixos em mim mas ele não disse nada Talvez ele estivesse desconfiado mas
naquele momento o ritual era mais importante do que qualquer suspeita que ele pudesse ter o Papa fez um sinal e os
dois cardeais avanç com a faca cerimonial meu corpo inteiro reagiu Mas
eu sabia que não podia fazer nada ainda se eu interferisse não só seria morto
como também colocaria em risco qualquer chance de expor a verdade tudo que podia
fazer era assistir armazenando cada detalhe na memória e rezando para que houvesse uma maneira de acabar com
aquilo antes que fosse tarde demais a faca cerimonial foi erguida no ar e a
luz das velas parecia dançar no tal reluzente o Papa recitou palavras que
não eram humanas entoadas em um idioma que parecia vibrar na própria estrutura
da Capela o menino e a menina estavam Imóveis os olhos fixos No Vazio como se
tivessem sido sedados ou dominados por algo além do Físico meu estômago se revirava com cada segundo que passava
mas minha mente estava focada no único pensamento que ainda me mantinha de pé sair dali com provas O Cardeal que
segurava faca começou a desenhar símbolos no ar como se estivesse escrevendo algo invisível de repente o
chão de mármore começou a vibrar foi Sutil no início mas logo se tornou mais
Evidente as velas tremular violentamente e um som baixo quase como um rugido
distante preencheu o espaço Senti meu coração disparar enquanto a energia ao
redor do altar ficava mais intensa quase palpável Monsenhor Vitório estava ao meu
lado e sua expressão era de Êxtase ele parecia hipnotizado murmurando orações
enquanto observava o papa se aproximar das Crianças uma pequena lâmina foi
entregue à sua santidade diferente da anterior esta era menor mas ornada com
pedras negras e inscrições douradas que brilhavam à luz das velas ele ergueu a
faca com uma solenidade que me fez estremecer e sang guiser salos Nostra
ele disse uma voz firme o sangue será nossa salvação O Cardeal segurou a mão
do menino e fez um pequeno corte no pulso permitindo que o sangue gotejar diretamente no cálice Dourado o líquido
vermelho escuro refletia As Chamas das velas parecendo mais vivo do que deveria
a mesma coisa foi feita com a menina e logo o cálice estava cheio até a borda o
Papa Segurou o recipiente com ambas as mãos recitando uma oração que fazia meu
corpo inteiro vibrar naquele momento algo mudou na sala o ar ficou mais
pesado e uma sensação de presença encheu o espaço não era Divina disso tinha
certeza era algo antigo cruel e faminto as velas pareciam arder mais
intensamente projetando sombras distorcidas nas paredes da Capela as
figuras ao meu redor começaram a murmurar em uníssona suas vozes se misturando ao do Papa de repente a
criança começou a gritar não era um grito comum era um som viceral como se
algo estivesse sendo arrancado de dentro dela o Papa Estendeu o cálice para o
centro do altar e uma fumaça escura Começou a sair dele serpenteando pelo ar
como uma criatura viva ela parecia buscar algo pairando sobre os corpos das
Crianças meu corpo inteiro gritava para que eu fizesse algo mas o medo me me
mantinha paralisado então algo dentro de mim quebrou não podia mais assistir
aquilo minha mão instintivamente alcançou o recipiente com sangue seco que havia escondido e meu plano tomou
forma precisava interromper o ritual criar o caos necessário para fugir com
movimento rápido derrubei uma das velas próximas ao altar deixando que caísse
sob os símbolos de tecido que cobriam o chão o fogo se espalhou instantaneamente
alimentado por algum tipo de óleo que havia sido usado como parte do ritual gritos ecoaram pela capela E a fumaça
começou a encher o ar o Papa gritou algo em um tom autoritário mas o cal já havia
tomado conta aproveitei o momento para correr os olhos de Vitório cruzaram os
meus enquanto eu me afastava e sua expressão era uma mistura de surpresa e raiva ele gritou meu nome mas não olhei
para trás corri pelos corredores escuros do Vaticano ouvindo o som dos alarmes e
das vozes dos guardas se aproximando com recipiente escondido sobre a batina e o
manuscrito preso ao meu peito alcancei a passagem lateral pela qual havia fugido
antes meu coração parecia explodir enquanto eu corria pela saída Estreita
sentindo o peso das sombras do Vaticano me perseguindo quando finalmente Saí para o ar fresco da noite Romana caí de
joelhos ofegando o céu estava limpo as estrelas brilhando
indiferentes ao horror que acontecia ali dentro Mas eu sabia que aquilo não
acabaria ali eles iriam me caçar me silenciar e eu precisava me preparar
para a batalha que estava por vir aquela noite fria de Roma ficou gravada na
minha memória como marco de ruptura depois de escapar do Vaticano corr sem
rumo por ruas estreitas e escuras tentando manter a respiração so controle
meu coração martelava no peito e minha mente girava em um turbilhão de pensamentos confusos Eu sabia que havia
cruzado o limite não havia como voltar atrás tudo que eu carregava o manuscrito
o recipiente com sangue seco as imagens mentais do ritual eram armas mas também
sentenças de morte Cheguei ao convento de Padre Geovani ao amanhecer exausto
suado e com a batina de fuligem Ele abriu a porta rapidamente como se já
estivesse me esperando e me puxou para dentro sem dizer uma palavra sua
expressão era sombria enquanto eu entregava o recipiente e o manuscrito ele os examinou com cuidado os olhos se
estreitando diante das inscrições e símbolos Você conseguiu o suficiente
Pedro Isso é mais do que provas é uma sentença para aqueles Monstros ele disse
mas sua voz estava atingida de preocupação agora você precisa
desaparecer eles já sabem que você escapou concordei em silêncio ainda
estava ofegante Mas sabia que ele tinha razão O Vaticano não deixaria alguém
como eu que havia testemunhado e perturbado seus segredos caminhar livremente Geovan e eu decidimos que ele
guardaria as provas temporariamente enquanto buscava um lugar seguro ele mencionou um Tato confiável Um
Jornalista investigativo que havia dedicado a vida esporos podres da igreja
poucas horas depois enquanto Giovan cuidava de esconder os artefatos saí do
conv vento disfarçado vestindo roupas comuns que ele havia me fornecido caminhei pelas ruas de Roma tentando não
chamar atenção mas havia algo estranho no ar a cada esquina tinha sensação de
estar sendo observado veículos pretos cruzavam as ruas em intervalos suspeitos
olhares se detinham em mim por tempo demais era como se uma rede invisível
Estivesse se fechando ao meu redor encontrei refúgio em uma hospedaria humilde onde aluguei um quarto no andar
superior tranquei a porta Fechei as janelas e permaneci no escuro observando
as ruas abaixo o silêncio da madrugada foi quebrado por sons estranhos passos
ecoando no corredor vozes sussurradas do lado de fora minha paranoia crescia Mas
eu sabia que não era apenas minha mente pregando peças Eles estavam perto no dia
seguinte fui ao encontro do jornalista indicado por Giovan o homem chamado
Lorenzo Mancini era conhecido por sua coragem e persistência ele trabalhava em
uma redação alternativa Longe dos Olhos controladores da mídia tradicional
Quando entrei em seu escritório ele me olhou com uma mistura de curiosidade e
ceticismo você é o ex sacerdote perguntou apontando para a cadeira em
frente à sua mesa contei minha história com detalhes sem omitir nada a cada
palavra a expressão de Lorenzo mudava de dúvida para ovor quando terminei ele
ficou em silêncio por alguns minutos os olhos fixos no recipiente que eu havia levado comigo se o que você diz é
verdade isso é explosivo mas também é perigoso muito perigoso você entende o
que está em jogo aqui eu entendo Lorenzo mais do que você pode imaginar ele
concordou em ajudar mas alertou que seria um processo lento ele precisaria
reunir mais provas entrevistar fontes e garantir que tudo fosse sólido suficiente para resistir à influência do
Vaticano enquanto isso sugeriu que eu me escondesse em um local seguro longe de
Roma nos dias que se seguiram Vivi como um fantasma cada passo que dava parecia
acompanhado por sombras certa noite enquanto caminhava por uma rua Deserta
senti uma mão em meu ombro virei-me rapidamente mas não havia ninguém
minutos depois vi um homem parado no final da rua vestindo um terno preto ele
não se moveu mas seus olhos fixos em mim diziam tudo liguei para Geovani que
confirmou minhas suspeitas O Vaticano já sabia onde eu estava Lorenzo também foi
alertado e por precaução decidiu mudar o local de trabalho o cerco estava se
fechando e eu sabia que era apenas uma questão de tempo até que algo acontecesse na véspera do ano novo
Recebi uma mensagem anônima na porta da minha hospedaria era um bilhete escrito à mão em latim sanguis proo sanguine
sangue por sangue meu coração disparou e naquele momento soube que minha
sobrevivência dependeria de uma escolha difícil eu estava preparado para lutar
Mas até que ponto poderia desafiar uma instituição tão poderosa a mensagem
escrita em latim parecia pulsar em minhas mãos como se carregasse o peso de uma sentença já proferida por mais que
eu tentasse manter a calma o suar frio que escorria por minha testa denunciava me o favor ele sabia onde eu estava e o
bilhete não era apenas um aviso era uma promessa olhei pela janela do pequeno
quarto que alugava e via a rua Deserta mas sentia que a Quietude escondia algo
Sombrio Decidi não passar mais uma noite naquele lugar recolhi minhas poucas
coisas o recipiente com sangue seco alguns papéis avisados com detalhes do
ritual e o manuscrito escondi tudo em uma mochila velha Lorenzo já havia
alertado que o Vaticano tinha olhos em todos os cantos de Roma mas agora eu sentia na pele o que isso significava ao
sair pela porta dos fundos da hospedaria caminhei pelas sombras evitando qualquer
contato visual com os poucos transeuntes que cruzava meu caminho Cheguei ao ponto
de encontro combinado com Lorenzo um galpão abandonado no subúrbio de Roma
quando ele me viu sua expressão era grave ele segurava uma pilha de
documentos e um gravador de áudio claramente abalado pelas informações que havia conseguido até então Pedro a
situação é pior do que imaginávamos ele começou entregando-me um dos papéis há
indícios de que esses rituais não são apenas uma prática isolada eles fazem
parte de uma rede que envolve altos membros da igreja em diferentes países
sangue humano crianças desaparecidas tudo está interligado meu estômago
revirou a a ouvir aquilo não era apenas o Vaticano era uma Trama Global
sustentada por anos de silêncio e poder Lorenzo continuou também Descobri algo
sobre você eles têm um dossier completo sabem onde você nasceu onde estudou quem
são seus amigos e até mesmo suas últimas comunicações você não é apenas um alvo
você ap peça que eles precisam eliminar para que tudo isso desapareça as
palavras dele foram um golpe Eu sabia que estava em perigo mas ouvir aquilo me
fez entender que estava lidando com algo muito maior do que imaginava antes que pudéssemos planejar os próximos passos
ouvimos o som de passos ecoando pelo galpão Lorenzo e eu trocamos olhares
rápidos e ele imediatamente apagou a luz do pequeno Lampião que usávamos o Son se
aproximava eram Passos firmes calculados como os de alguém que sabia exatamente
onde estávamos Lorenzo gesticulou para que eu me escondesse mas antes que eu
pudesse me mover uma voz ecoou pelo espaço Dom Pedro você realmente achou
que poderia escapar de nós o som gelou meu sangue era um senhor Vitório ele
estava ali acompanhado por pelo menos dois outros homens suas silhuetas
obscurecidas pela escuridão sua voz tinha um tom calmo mas carregado de uma
ameaça em implícita você carregou um peso que não lhe pertence ele continuou
aproximando-se sua traição será paga com sangue assim como os pecados daqueles
que ousam desafiá-los Lorenzo apertou meu braço indicando que deveríamos
correr mas antes que pudéssemos nos mover um disparo ecoou pelo galpão a
bala atingiu o chão a poucos centímetros de nós e um grito mural escapou de
Lorenzo ele caiu ao chão segurando o ombro e o cheiro de pólvora preencheu o
ar eu não podia deixá-lo ali contra todo Instinto de autopreservação peguei o
gravador e a mochila joguei a Em meu ombro e arrastei Lorenzo para trás de algumas caixas de madeira os homens de
Vitório estavam se aproximando rapidamente suas vozes murmurando cânticos que faziam o ar parecer vibrar
com energia maligna Meu Coração batia tão rápido que parecia ecoar na minha
cabeça pux Lorenzo para uma pequena abertura no fundo do galpão que levava
um beco Estreito ele estava pálido mas ainda consciente enquanto arrastava ouvi
os homens entrarem no espaço que havíamos acabado de deixar eles não podem ir longe disse Vitório sua voz
carregada de convicção selamos todos os caminhos não sabíamos o que ele queria
dizer com aquilo até que chegamos à saída do Beco um carro preto estava estacionado ali e dois homens vestidos
de preto aguardavam como se soubessem exatamente onde iríamos sair fomos
obrigados a recuar voltando para o labirinto de ruas corremos sem destino
guiados apenas pelo desespero Lorenzo ainda ferido sussurrava instruções para
um lugar seguro mas sua voz enfraquecia cada minuto por fim conseguimos
encontrar refúgio em um prédio abandonado trancando da porta com pedaços de madeira encontrados pelo
caminho dentro do local tentei estancar o sangramento de Lorenzo com pedaços de
pano rasgados de minha camisa ele segurou meu braço com força e murmurou
Pedro você precisa terminar isso eu não vou sobreviver mas você precisa não diga
isso Lorenzo você vai ficar bem menti tentando acalmá-lo mas a verdade era
Evidente o de Passos voltou a ecoar eles haviam noos encontrado novamente Não
havia mais para onde correr os passos do Corredor ecoavam como um tambor fúnebre
cada batida parecia cravar uma estaca no meu coração Lorenzo estava pálido mas
consciente o suficiente para perceber o inevitável Eu sabia que o tempo dele era
curto mas o meu também as vozes dos homens de Vitório eram Claras agora
murmurando Cântico os que pareciam deformar o próprio Ar ao nosso redor eles vão os pegar Pedro disse Lorenzo
com a respiração pesada mas você precisa levar isso adiante sua mão trêmula
apontou para a mochila onde estavam o gravador e o recipiente com sangue seco
tentei argumentar mas ele interrompeu sua voz firme apesar da Fraqueza não é
mais sobre nós é sobre todos que sofreram aqueles que nunca terão Justiça Eu sabia
que ele estava certo mas aceitar aquilo era como aceitar a própria morte
enquanto o som dos Passos se aproximava Lorenzo fez o esforço final para se levantar pressionando ferimento com a
mão ensanguentada eu vou distraí-las você corre não olhe para
trás não sussurrei mas ele já havia decidido antes que eu pudesse detê-lo
Lorenzo abriu a porta do Esconderijo e saiu mancando pelo corredor ouvi os
gritos dos homens de Vitório ao vê-lo ele começou a correr cambaleando
atraindo-se para longe o som de seus passos desapareceu junto com as vozes
dos Perseguidores deixando-me sozinho no silêncio esmagador aproveitei o momento
para sair pela janela traseira do prédio com a mochila firmemente presa as costas
corri pelas ruas escuras guiado apenas pelo instinto meu coração parecia querer
explodir mas a adrenalina me empurrava para a frente não sabia exatamente para
onde estava indo mas sabia que precisava sair de Roma cheguei à estação de trem
antes do amanhecer com o pouco dinheiro que tinha comprei um bilhete para Milão
esperando que a distância me desse alguma chance de sobreviver durante a viagem não consegui pregar os olhos cada
pessoa que subia no B parecia ser uma ameaça cada olhar demorava demais quando
finalmente cheguei a Milão encontrei um pequeno café onde pude sentar e pensar
Lorenzo havia se sacrificado para que eu pudesse continuar E eu não podia
desperdiçar Isso peguei o gravador e comecei a ouvir as entrevistas que ele
havia feito com outras vítimas e fontes Cada história Era mais aterrorizante que
a anterior um mosaico de horror que revelava verdadeira extensão do que estava escondido no Vaticano enquanto
ouvia senti uma presença levantei os olhos e vi um homem parado do outro lado
da rua me observando ele usava um terno preto e Seus olhos eram frios como
mármore meu coração disparou eles haviam me encontrado novamente saí do café
rapidamente misturando me a multidão nas ruas de Milão Mas a sensação de estar
sendo seguido não me abandonava a cada esquina sentia que alguém estava me
observando a cada sombra parecia haver um vulto espreita naquela noite
encontrei refúgio em uma pequena pensão tranquei a porta e coloquei a mochila ao
meu lado na cama não havia mais ninguém em quem confiar o Vaticano tinha braços
longos eu era apenas um homem tentando lutar contra uma instituição que existia há séculos enquanto a noite avançava
escrevi uma carta detalhei tudo que sabia tudo que havia visto e gravado
coloquei a carta junto com o gravador e o recipiente e selei tudo em uma caixa
na manhã seguinte enviei para um endereço seguro fornecido por Lorenzo antes de sua morte Um Jornalista
independente nos Estados Unidos que ele confiava cegamente agora sem as provas
comigo eu era apenas um homem marcado não tinha mais como me proteger ou
provar o que mas ao menos o mundo ainda teria uma chance de conhecer a verdade naquela
mesma noite eles finalmente vieram por mim A porta da pensão foi arrombada e
Homens de Terno Preto entraram no quarto não lutei apenas Fechei os olhos sabendo
que havia feito o possível para Expor os segredos que tanto tentaram esconder o mundo pode nunca saber o que realmente
aconteceu naquela noite mas eu sei que em algum lugar a verdade está esperando
para ser revelada e quando for as sombras que cercam o Vaticano nunca mais
serão as mesmas
[Aplausos] [Música]
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